PARATY COMPLETA 352 ANOS E CONTINUA ATRAENTE COMO NUNCA
Além dos cafés aconchegantes, das praias peculiares e dos casarões, Paraty abriga a internacional Feira Literária
Quem já visitou, jamais esquece. Assim é Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, prestes a completar 352 anos de emancipação, no próximo dia 28 de fevereiro. A Cidade Histórica é um encanto que merece ser conhecida.
Anualmente, milhares de pessoas no Brasil e no mundo desembarcam na cidade colonial, considerada Patrimônio Histórico Nacional, que preserva até hoje diversas obras arquitetônicas, além de encantos naturais.
Caminhar pelo Centro Histórico de Paraty é como se transportar para outra época, na qual cada detalhe remete ao passado, como as pedras “pés-de-moleque” das ruas, com seus casarões e igrejas, característicos da época do Brasil colônia.
A sensação de estar em uma outra época aumenta quando se nota que no Centro Histórico não se permite o tráfego de veículos. Fundada em 1667, Paraty teve grande importância econômica no passado devido aos engenhos de cana-de-açúcar que acolheu; foram mais de 250, a ponto de ser considerada sinônimo de boa aguardente.

Após a abertura da Estrada Paraty-Cunha,e principalmente, após a construção da Rodovia Rio-Santos (BR-101) na década de 1970, Paraty torna-se pólo de turismo nacional e internacional, devido ao seu bom estado de conservação e graças às suas belezas naturais.
Na sua região há o Parque Nacional da Serra da Bocaina; a Área de Proteção Ambiental do Cairuçu, onde está a Vila da Trindade; a Reserva da Joatinga, e ainda, faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar. Ou seja, é Mata Atlântica por todo lado.
Festa o ano todo
Paraty tem atração durante todo o ano. Por meio das Secretarias de Turismo, Cultura e Esporte, a Cidade Histórica mantém a tradição com eventos que valorizam as praia, a mata, o esporte e a fé.
Neste mês de fevereiro, por conta da celebração do aniversário, Paraty terá uma celebração especial. No dia 28, haverá o corte de bolo ao som de “parabéns pra você”, entoado pela Banda Santa Cecília.

Em março a cidade se transforma e recebe os foliões para curtirem o carnaval de rua. Em abril, a praia do Pouso da Cajaíba recebe a 14ª edição do Fest Juá.
O Bourbon Festival Paraty traz musicalidade para as ruas do Centro Histórico em maio, onde apresenta artistas consagrados do cenário da música nacional e internacional. Já a tradicional Festa do Divino Espírito Santo reafirma a religiosidade da cidade com seus ritos.
Junho é o mês da abertura do defeso do camarão. E para comemorar, os pescadores da Ilha do Araújo promovem o Festival do Camarão, onde angariam fundos para a Festa de São Pedro e São Paulo, protetor dos pescadores.
FLIP
Famosa, a Festa Literária de Paraty (FLIP), sucesso há 17 anos, homenageia em 2019 o autor Euclides da Cunha. Ainda em junho, a Festa de Santa Rita atrai moradores e turistas, que celebram o dia da santa com música boa e barraquinhas da comunidade local com comida e bebida.

Os principais alambiques da cidade se reúnem em agosto para realizar o Festival da Cachaça, Cultura e Sabores. O evento conquistou público diferenciado ao ser remodelado há cinco anos; se tornou mais intimista e passou a valorizar ainda mais os produtores da bebida e artistas locais.
Paraty se transforma, em setembro, com o Paraty em Foco. O festival internacional de fotografia tem programação vasta com workshops, exposições e muita arte. A cidade também tem encantos na mata. Por isso, neste mês, o Festival Aves de Paraty traz um outro olhar para a cidade.
Logo no início do mês de outubro, a música invade as ruas do Centro Histórico com o Mimo. O festival nasceu em Olinda, mas ganhou o mundo e já aporta em Paraty há seis anos.
Para fechar o mês com chave de ouro, a Cidade Criativa da Gastronomia, título concedido a Paraty pela Unesco em 2017, abre as portas para a Folia Gastronômica, que sempre reserva surpresas nos cheiros, cores e sabores da culinária caiçara.

Em novembro o calendário traz três eventos. Um religioso, a Festa de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, padroeira da cidade; e dois em homenagem ao mês da consciência negra: ÀWA – Festival Sesc de Cultura Negra e Encontro da Cultura Negra. Os eventos reúnem ações variadas com atividades artísticas que abordam o tema Cultura Afro-brasileira.
Em dezembro a cidade se prepara para receber os turistas da alta temporada, começando pelas comemorações do Ano Novo. informações: www.pmparaty.rj.gov.br
Onde se hospedar
Porto imperial
No coração do centro histórico de Paraty, onde as casas coloniais harmonizam com as ruas de pedras, você irá encontrar o casarão que possui o charme do tempo colonial com o conforto da atualidade. Nele, está a Pousada Porto Imperial.
Datado de 1804, o casarão originalmente era um entreposto comercial de sucesso, destacando-se pela sua localização às margens do Rio Perequê-açu, local onde atracavam as embarcações que faziam o transporte das mercadorias que chegavam ou saíam de Paraty. Informações: https://portoimperial.com.br/

Pousada Missanga
A Pousada Missanga está localizada a 15 minutos a pé do Centro Histórico, da praia ou do cais e a cinco minutos da rodoviária. A pousada oferece ambiente reservado de apenas oito suítes, com estilo rústico e confortável, inspirado na cidade de Paraty.
A pousada possui itens de conforto e comodidade para atender aos hóspedes que buscam tranquilidade e aconchego. A pousada Missanga oferece wifi e estacionamento (fechado e coberto) como cortesia, Fala-se inglês e alemão. Informações: https://www.pousadamissangaparaty.com/
Como chegar
Há várias opções para quem sai de São Paulo rumo a Paraty, no Rio de Janeiro. Entretanto, a mais tranquila é pela Rodovia Ayrton Senna da Silva/Carvalho Pinto (SP-070), até Taubaté. depois, o trajeto é feito pela Via Dutra (BR-116).
O caminho mais curto é o que passa pela cidade de Guaratinguetá, pegando a SP-171, passando pela cidade de Cunha e depois pela RJ-165 até Paraty. A distância total deste percurso é de cerca de 270 Km. O trecho de descida da serra foi construído recentemente e está em ótimas condições.
É uma estrada-parque muito bonita que passa pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina, com cerca de 11 Km, pavimentada com bloquetes, com passagens para os animais cruzarem a pista.
O trecho final, após a descida da serra até o trevo de Paraty, com cerca de 11 Km, é uma estrada estreita e sinuosa, e possui alguns trechos perigosos. Neste trecho é recomendado andar em velocidade reduzida e com cautela.
Pedágios
Há três praças de pedágio, todas na Via Dutra, nos kms 204 (Arujá), 182 (Guararema) e 165 (Jacareí) até Paraty. Os valores para veículos de passeio são R$ 3,70, nas duas primeiras, e R$ 6,70, na de Jacareí.