autora convidada
Leia um trecho de “Garotas mortas”, de Selva Almada
“Uma mulher podia ser morta pelo simples fato de ser mulher.” A constatação sintetiza a forma como Selva Almada via a si como mulher na sociedade da qual fazia parte. O fato que mudou sua percepção foi o assassinato de Andrea Danne a apenas 20 quilômetros de sua casa, no povoado vizinho ao seu. É à memória de Andrea, María Luisa Quevedo e Sarita Mundín que a autora convidada da Flip 2018 dedica o livro Garotas mortas (Todavia, 2018), lançado originalmente em 2014.
As três jovens foram vítimas de feminicídio na Argentina dos anos 1980, época em que o termo, cunhado na década de 1990, ainda não era reconhecido e pouco se falava sobre violência de gênero no país. As mortes, ainda impunes, são investigadas pela escritora em um relato que une investigação e memória.
Leia um trecho.
Na Flip 2018, que acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty, Selva Almada participa da mesa 5, Amada vida, com Djamila Ribeiro, antecedida por apresentação de Bell Puã. Confira a programação.