Editoras mineiras independentes participam da programação paralela da Flip
Além de movimentar a cena das letras, as pequenas editoras são fundamentais para a descoberta de novos autores e propostas
A literatura produzida em Minas ou por mineiros ocupa lugar de destaque no mais importante evento literário do Brasil, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em sua 16ª edição. Nestas duas últimas edições, sob a curadoria de Joselia Aguiar, as pequenas editoras e independentes, que movimentam a cena das letras, ficou mais evidente. Mais do que ocupar lacunas deixadas pelas grandes companhias, as editoras mineiras oxigenam o mercado, nacionalmente, ao revelar autores ou abrir espaço para os que estavam à margem.
Relicário Edições, Páginas Editora, Editora Moinhos, Mazza Edições e Editora Letramento levam as publicações para Paraty, no Rio de Janeiro, entre 25 e 29 de julho. A festa literária homenageará a escritora Hilda Hilst (1930-2004). “O mercado editorial, assim como qualquer outro mercado, é, em boa parte, controlado pelas grandes empresas. O fato de Joselia abrir espaço para editoras pequenas, em que consideramos que a Letramento se encaixa, e editoras independentes, representa vitória e prova que o mercado, cada vez mais, precisa se adequar”, afirma Gustavo Abreu, editor e fundador da Letramento.
Muitos dos autores que brilham na Flip foram alçados por editoras independentes com sede em Belo Horizonte. A Relicário Edições foi a responsável por publicar Jamais o fogo nunca, da chilena Diamela Eltit, até então inédita no Brasil. Eltit participou da edição do ano passado. Este ano, a poeta Laura Erber, de quem a editora mineira publicou A retornada, está na programação principal desta edição.