VEM AÍ
Dia 27 de abril estreiam duas exposições na Casa
Entre as novidades de abril na Casa da Cultura, novas exposições entram em cartaz:
“Amélio, Mestre Cirandeiro”, conta a trajetória de um dos nossos maiores mestres da ciranda. Conhecida dança de roda em diversos cantos do país, a ciranda tem sua representação em Paraty, de maneira única, expressando o cotidiano da cidade de uma forma alegre e contagiante. Amélio da Silva Vaz, paratiense, se envolveu com a música aos 5 anos, quando já cantava canoa e folia de reis com os irmãos, e acompanhava o pai nas festas de jongo.
Aos 80 anos, Seu Amélio é um dos poucos cirandeiros de Paraty a preservar a tradição dos versos rimados de improviso. Ao longo da vida, como muitos mestres cirandeiros, foi lavrador e pescador. Chegou a tocar viola, mas se aperfeiçoou mesmo no pandeiro e na voz e na memória viva que preserva a cultura da ciranda.
A segunda exposição, “A mar, a espera líquida”, de Antonia Moura, é um ensaio poético do universo imaginário de mulheres que amam homens do alto mar, embarcados em navios. A narrativa se dá através de uma instalação com fotografias, vídeos, postais, textos, cartas e calcinhas antigas. As calcinhas, na visão da artista, são “objetos de intimidade, memória e ausência, da espera por esse amor que não voltou. Seu desgaste reflete a passagem do tempo”.